sexta-feira, 30 de novembro de 2012

MEDIANERAS


Dois jovens solitários, interpretados por Javier Drolas e Pilar López de Ayala, vivem seus dramas,  fobias e traumas amorosos, de forma cada vez mais isolada do mundo, mas ainda guardam o desejo de encontrar alguém interessante com quem possam dividir seu espaço, por quem possam se apaixonar. Mas os hábitos da vida moderna e o ambiente hostil de uma grande cidade parecem dificultar essa busca.  O contato com outras pessoas dá-se principalmente, ou apenas, no ambiente virtual. Esse é o resumo rápido e rasteiro da comédia romântica argentina, Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual, película dirigida por  Gustavo Taretto, com roteiro do próprio diretor.

Não há registro de que o filme tenha sido baseado numa história real; provavelmente sim, pois histórias como essa são tão comuns hoje em dia que uma delas bem que poderia ter servido de material para o filme. Mas...Pensando bem, talvez, exatamente por isso, devemos crer que não foi baseada ou inspirada em um relato específico, mas em vários; uma mistura de muitos. Também pode ser que sim. Por esse motivo, por ser algo do nosso cotidiano, do nosso mundo moderno, de alguma forma, nos identificamos com Medianeras. Se não aconteceu com a gente, aconteceu com um conhecido; ou, então, já lemos em alguma revista ou vimos na TV, histórias semelhantes à que ocorreu com o casal de protagonistas. Passa-se em Buenos Aires, mas poderia se passar em qualquer cidade do mundo atual.

Pela razão exposta, a trama até nos prende. Entretanto, considero o filme apenas mais ou menos. Legalzinho, vai!! Pode servir para uma tarde dessas em que estamos à toa. Há momentos engraçados, divertidos, mas não me convenceu ou conquistou totalmente. Achei que faltou novidade, surpresa. Além disso, na minha opinião, o filme às vezes cai no clichê e usou recursos não muito elaborados para fazer uma brincadeira, um "trocadilho," por assim dizer, que se explica no final do filme. Refiro ao fato de o diretor ter usado o passatempo da protagonista, o joguinho Onde Está o Wally, para fazer ligação com um acontecimento na vida dela. Achei meio óbvio e fácil. Poderia ter sido mais criativo.  E o que se destaca positivamente no filme? Para mim, o texto. Muito bom!

Bem! Medianeras se salva. Não é lá grandes coisas, mas dá para dizer que é um bom filme!

Até logo!


Trailler




sexta-feira, 23 de novembro de 2012

PAISAGEM NA NEBLINA


Paisagem na neblina é um drama grego que conta a história de dois irmãos, ainda crianças, que partem sozinhos da Grécia em busca do pai desconhecido que, segundo lhes contou a mãe, vive na Alemanha. Para alcançar o objetivo de chegar a esse país, eles tomam clandestinamente um trem. Como se é de imaginar, sozinhos, eles passam por algumas situações difíceis que lhes abrem os olhos para a dura realidade do mundo.

No geral, gostei do filme, apesar de conter alguns elementos que não me agradam, como: uso de símbolos e alegorias para transmitir e explicar ideias e fatos, diálogos aparentemente sem muito sentido, cenas surreais. Como não havia em excesso, esses "probleminhas" não comprometeram. Enfim, o saldo foi bem positivo.

Gostei do tratamento que o diretor deu à trama. De maneira bem realista (como é bem comum em produções europeias), ele mostra as alegrias e, principalmente, as angústias que os dois irmãos viveram durante a sua jornada. E, por falar em angústia, o filme é assim: angustiante. É duro ver o sofrimento de duas crianças, ainda mais quando se é pai. Mas, filme não é só para causar bem-estar; essa arte também está aí para nos fazer refletir sobre o lado cruel da vida.

Outro ponto positivo foi o final. Sutil e delicado. Simples, mas rico em mensagem. Muito bem pensado. Prefiro omitir que tipo de sentimento essa parte do filme despertou em mim para não entregar o que aconteceu.

É um filme muito bonito. Vale a pena conferir.

Até a próxima!

Ficha técnica e trailler

Direção: Theo Angelopoulos
Elenco: Tania Palaiologou, Michalis Zeke, Stratos Giorgigoglou, Eva Kotamanidou, Aliki Georgouli, Kiriakos Katrivanos, Vangelis Kazan, Dimitris Kaberidis, Ilias Logothetis,Gerasimos Skiadaressis  
Ano: 1988
País: Grécia
Gênero: Drama

Trailler (não achei em português)



sexta-feira, 16 de novembro de 2012

HAYLEY WESTENRA


Navegando pelo Youtube atrás do vídeo da linda música Wuthering Heigths interpretada pela singular e excêntrica Kate Bush, com sua bela e agudíssima voz, eis que vejo ali ao lado o vídeo de uma menina meio loira, meio ruiva, de sobrenome estranho, interpretando a mesma música. Hayley Westenra, o nome dela. Depois de conferir a maluca e espetacular performance de Kate Bush, cliquei no da loira-ruiva de sobrenome estranho por pura curiosidade, só para ver sua ousadia, pois tem que ter muita coragem para cantar essa música. Que grata surpresa! Fiquei encantado e impressionado com sua voz. É doce, suave, reconfortante: belíssima!! Arrisco dizer que a música ficou melhor com ela do que com a Kate Bush. Fui conferir outros vídeos da tal Westenra: Pie Jesu, Ave Maria, I Dreamed a Dream. Todas as músicas divinamente interpretadas. Mesmo nos agudos bem altos, ela mantém a doçura na voz, talvez até a acentue.Tive que comprar o disco da moça.

Comprei o Pure, de 2003, o primeiro internacional da cantora, justamente por trazer a  Wuthering Heigths. O disco é muito bom; todo num tom bem calmo e sereno. Nesse álbum, ela mistura músicas nativas, cantadas em Maori (parece estranho, mas existe um razão para isso;  Westenra é neozelandeza), canções eruditas, religiosas e também populares. Não conhecia a maioria das músicas, na verdade só conhecia duas: a própria Wuthering Heigths e Amazing Grace. Depois de ouvi o disco, gostei de todas, até as em Maori. Achei o repertório muito bem selecionado. Destaco: River of Dreams, Never Say Goodbye, Who Painted the Moon Black. Quero ainda adquirir outros discos dela.

Confiram os vídeos abaixo e vejam se a voz dela não é belíssima. Até a próxima!


Wuthering Heights

Pie Jesu (Preste atenção na suavidade dos agudos; e isso cantando ao vivo! Bonito demais!)

I dreamed a dream