quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

QUAL É O NOME DO BEBÊ?




Olá a todos! Estou de volta. Demorei, mas voltei. Como, no Brasil, tudo só começa depois do Carnaval, por que eu teria que começar antes? De fato, passei um pouquinho do tempo; mas, para quem estava pensando em voltar somente depois da Páscoa, começar agora é um grande avanço.

Pois bem. Como estou enferrujado e pegando ainda o ritmo, escolhi comentar um filme leve e divertido, que não demanda reflexão pesada, nem para assistir, nem para analisar: a comédia franco-belga, Qual é o Nome do Bebê.

A ocasião é um jantar na casa da irmã de Vicent, em que estão presentes: a dona da casa, o marido, o próprio Vicent (pai do bebê que está para chegar) e um amigo de infância de todos eles. A mulher de Vicent chegaria em minutos. A confusão se instala quando o futuro pai comunica o nome, no mínimo polêmico, que escolhera para o filho. Esse anúncio gera vários conflitos, um puxado pelo outro. Um caos. E tudo começa por conta de um nome.

O filme é muito engraçado. As situações, por vezes embaraçosas, acabam se tornando cômicas em razão das circunstâncias. Uma sucessão de confidências, diferenças e problemas pessoais vem à tona, e a discussão toma rumo totalmente diverso do tema inicial. E vai mudando de direção, conforme surge outro ponto crítico na relação entre os presentes.

Enfim, o jantar que era para ser um celebração, vira briga. E participamos dessa briga. Isso ocorre porque a trama, conquanto seja simples, foi bem amarrada. Os diretores (Alexandre de la Patellière, Matthieu Delaporte) foram competentes em costurar as cenas, as passagens de um conflito para o outro. Não há lacunas, e filme anda sem perder o ritmo. Os atores (Patrick Bruel, Valérie Benguigui, Charles Berling, Guillaume de Tonquedec, Judith El Zein), embora nenhum deles apresente uma atuação exuberante, cumpriram a contento o seu papel.

E o destaque é o bom roteiro (Matthieu Delaporte). Criativo e bem elaborado, ele cumpre o que propõe: fazer rir, a partir da reflexão sobre nossas ligações com familiares ou com amigos. Expõe a escolha que, muitas vezes, fazemos pela mentira branca, pela omissão, pelo silêncio, porque a verdade e a sinceridade poderiam comprometer o relacionamento com os nossos queridos. Temos até a proposta de uma discussão política, mas é leve e bem velada. O forte mesmo da produção é o riso, a partir da exposição do emaranhado novelo que se formaria se todas as verdades que existem no subterrâneo das nossas relações pessoais viessem à superfície.

Filme muito divertido.

4 comentários:

  1. Já assistir alguns filmes que vc comentou, e foram uma boa indicação. Gostei dos comentários da música do Roberto Carlos, ri demais!!! Vou assistir esse filme!! Que bom que voltou a escrever, é muito bom ler algo bem escrito. Até mais!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Danielle.

      Que bom que tem gostado das minhas indicações.
      Estou aí de volta, meio devagar, mas andando.rsrs
      Obrigado pelos elogios e pelo comentário. Espero vê-la sempre por aqui.

      Até logo

      Excluir
  2. excelente filme...quando vi o nome achei que fosse mais um filminho estilo "sessão da tarde", mas me surpreendi positivamente! muito bom!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, amor.
      Tivemos esse receio, mas ainda bem que estávamos errados.
      Bjs

      Excluir