quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O CHEIRO DO RALO


Ainda não tinha colocado postagem sobre um filme brasileiro, vamos para a primeira então. A produção nacional a que assisti esses dias foi o O Cheiro do Ralo. Ficha técnica? Pois bem...

Diretor: Heitor Dhalia
Elenco: Selton Mello, Silvia Lourenço, Flavio Bauraqui, Alice Braga, Leonardo Medeiros, Lourenço Mutarelli, Susana Alves.
Produção: Rodrigo Abreu, Marcelo Araujo, Matias Mariani
Roteiro: Marçal Aquino, Heitor Dhalia
Fotografia: José Roberto Eliezer
Ano: 2006
País: Brasil
Gênero: Comédia
Nesse filme, Selton Mello é Lourenço, dono de uma loja que negocia objetos usados. Lourenço é um sujeito frio, áspero, sarcástico, sincero ao extremo que vive jogando com os seus cliente para tentar levar o máximo de vantagem. No seu escritório, um cheiro terrível vindo do ralo do banheiro (ou dele mesmo) o incomoda muito. Além desse cheiro, a outra coisa que o perturba é uma atendente que trabalha na lanchonete onde ele costuma comer.
O Cheiro do Ralo começa muito bem: bom ritmo, engraçado, narrativa ágil (exceto pela insistência de Lourenço em se referir ao cheiro proveniente do ralo a cada cliente que aparecia, o que acabou ficando cansativo), história diferente. Estava gostando do filme; a trama estava envolvente e a atuação de Selton Mellor, fantástica. Parecia que algo interessante nos seria apresentado. Caminhou bem assim até um pouco mais da metade.
Foi quando tudo desandou (só o Selton Mello continou salvando o filme). O ritmo ficou acelerado demais, com excesso de frases de efeito soltas, de simbolismos, de encenações teatrais, de reações surreais, o que deixou a sensação que o filme fez esforço para ser do tipo "cabeça". Enfim, O filme se perdeu. Foi uma avalanche de informações que o deixou confuso: algumas passagens da história ficaram sem desfecho; outras, sem explicação. No fim, alguns temas, que poderiam ser mais bem explorados, ou foram esquecidos ou apressadamente resolvidos. E o final achei sem graça.
Para esse filme, não existe melhor bordão do que o proferido por Sr. Sandoval Quaresma, na escolinha do professor Raimundo, quando levava uma nota baixa por dar uma resposta estaparfúdia após várias precisas: "....Estava indo tão bem".


Trailer


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